Em primeiro lugar devemos ter em mente que o leite produzido pelas fêmeas de qualquer espécie tem suas características nutricionais adequadas para atender a necessidade da sua própria espécie. Sendo assim, o leite de vaca é ótimo, para o bezerro! O leite de vaca contém 3x mais proteínas que o leite humano, porém acidifica o sangue, sobrecarrega o rim e ao contrário do que se imagina, se consumido em altas quantidades, aumenta a excreção de cálcio urinário, podendo levar a cálculos renais, osteoporose, etc...
Nosso organismo não possui enzimas capazes a de digerir a betalactoglobulina, proteína presente no leite de vaca. O leite apresenta ainda outras proteínas alergênicas que irritam a mucosa do intestino causando uma hiperpermeabilidade, o que acarreta a passagem de macromoléculas e dificulta a absorção de nutrientes essenciais.
Essas macromoléculas passam intactas pelo intestino, caindo na corrente sanguínea, o que vai ativar o sistema imunológico, que as reconhece como um corpo estranho e vão atacá-las como forma de defesa. Ativado, o sistema imune libera substâncias inflamatórias, podendo estas reações desencadear sintomas em diversos órgãos-alvo dependendo da pré disposição individual, podendo se manifestar por alterações físicas, mentais ou emocionais.
A qualidade do leite, também deve ser questionada. O leite consumido hoje contém inúmeras substâncias como hormônio de crescimento bovino, resíduo de antibióticos (para tratamento de mastite), resíduo de pesticidas utilizados para tratar as pastagens, pus de animais infectados, etc. Além disso o processo de pasteurização destrói vitaminas e enzimas, presentes naturalmente no leite.
O BGH (hormônio de crescimento bovino), também conhecido como BST, aumenta os níveis de IGF-1 (fator de crescimento de insulina), o qual estudos apontam estar relacionado com o desenvolvimento de câncer.
Apesar de ser considerado um alimento de baixo índice glicêmico o leite aumenta muito a liberação de insulina no organismo, o que pode causar resistência a insulina, o que está relacionado com diversos problemas como síndrome metabólica, síndrome de ovários policísticos, obesidade, dificuldade em perder peso, acne, entre outros.
Ressalto aqui que ao entrar em contato com algumas das maiores marcas de leite disponíveis hoje no mercado, solicitando um laudo comprovando que as vacas eram livres do hormônio de crescimento bovino, obtive resposta de apenas uma delas, onde dizia que as vacas são sadias, e a empresa não fornece laudos. Bela, resposta! As outras nem se deram o trabalho de mandar uma resposta. Ok, esse tipo de hormônio é liberado no Brasil, mas será que vale a pena correr o risco e exagerar no consumo de latícinios?
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