Foco são substâncias que atuam no sistema nervoso central
Combate à obesidade: apenas a substância orlistate, que age no intestino, continuará com venda liberada (Stockbyte/Thinkstock)
Em 2009, foram vendidas no Brasil 67.500 toneladas de sibutramina. Nos países da União Europeia a venda da droga já é proibida desde 2010
Desde o ano passado, a Anvisa vem impondo novas regras que endureceram os critérios de venda da sibutramina. Estudos indicam que o consumo dessa substância aumenta o risco de problemas cardíacos. Ela deixou de ser vendida como medicamento comum e passou a integrar a categoria dos anorexígenos, remédios que exigem receita especial.
A proposta de proibir os emagrecedores foi anunciada a especialistas e entidades médicas da área na semana passada e será publicada nesta quarta-feira no site da agência, junto com um parecer técnico. Para médicos endocrinologistas que atuam no combate à obesidade, a medida é radical demais e vai deixar os pacientes sem opção de tratamento, já que o controle da fome e da saciedade ocorre no cérebro.
"Quase metade da população brasileira tem sobrepeso. Muitos pacientes não conseguem perder peso com o tratamento clínico convencional, que inclui dieta e exercícios físicos. Como vamos controlar a obesidade desses pacientes sem mexer no cérebro?", diz o endocrinologista Márcio Mancini, chefe do departamento de obesidade do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo.
Estudo - Os benefícios dos remédios não superam os riscos. Esse é o principal argumento que a Anvisa pretende usar na próxima semana, durante audiência pública, para convencer a classe médica de que é melhor proibir de vez o uso de medicamentos usados para emagrecer. Segundo Dirceu Barbano, diretor da agência, o assunto vem sendo discutido desde o ano passado, quando a União Europeia baniu a sibutramina. "Quase nenhum outro país tem sibutramina. As anfetaminas também estão diminuindo. E não há notícia de que isso piorou ou atrapalhou o tratamento da obesidade." Em 2009, foram vendidas no país 67.500 toneladas de sibutramina.
Segundo Barbano, a Anvisa fez um levantamento interno e concluiu que, por mais que o medicamento seja controlado e indicado apenas para pacientes com determinados perfis, não há evidências suficientes que demonstrem que a perda de peso supera os riscos cardíacos. "A nossa proposta, sustentada por uma extensa pesquisa, é de retirada imediata desses produtos do mercado. A não ser que consigam nos demonstrar com dados consistentes que estamos errados e esses remédios são bons e seguros", diz.
"Como vamos controlar a obesidade desses pacientes sem mexer no cérebro?" Primeiro: dá sim pra "mexer" no cérebro afim de controlar ansiedade e outros transtornos de pacientes obesos de maneira saudável sem a utilização de medicamento! Os nutrientes presentes nos alimentos estão aí pra isso!!! Concordo que essas drogas sejam banidas do mercado, mas isso é só a ponta do ice berg. E deveriam começar a proibir a venda de tantas porcarias disponíveis no mercado em termos de alimentação, banir as propagandas dessas porcarias chamadas de alimentos, que estão cheios de subst. tóxicas, que contribuem para o excesso de peso da população... É mto óbvio: cada dia temos mais porcarias no mercado e cada dia aumenta mais o número de obesos e pessoas com excesso de peso no pais! Coincidência?!? Não! Ignorância! O Xenical continua liberardo! Afinal é tão inofensivo, né?!? Ele atua diretamente no intestino, como diz a reportagem. Ok. Acaba com o intestino, causando diarréia com consequente perda de líquidos e nutrientes! Excelente não é msm? Com o intestino detonado e déficit de nutrientes essencias como o indivíduo quer emagrecer e ter saúde?!? Ahhh, me poupem...
Vamos parar com essa idéia de que para tratar obesidade é só comer menos, comer frutas, saladas, arroz integral, fazer atividade física e tomar antidepressivos! Em mtos casos a obesidade vai mto além disso!!! Cada caso é um caso e deve ser avaliado por um profissional COMPETENTE!!!
Danielli Sales
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